sábado, 17 de março de 2012

Avaí 2 x 0 Brusque

Um Jogo Treino
Que me perdoem os torcedores do Brusque, mas para um time que planejou estar na final, enfrentar um lanterna muito desfalcado em casa deve ser encarado como jogo treino. Não um jogo para ser levado na brincadeira, mas para impor e treinar a sua proposta de jogo. O Avaí tentou fazer isso no primeiro tempo, mas como esse não era o time que vinha jogando, sem Diogo Orlando e com Cléverson tapeando como meia, ficou evidente a falta de entrosamento, em que as jogadas iniciavam e terminavam pelo mesmo lado do campo, facilitando a marcação do hoje limitado Brusque. Não foi diferente no segundo tempo, embora com menos organização tática.
O fato do pós-jogo é a clara cisão entre o time e boa parte da torcida, mesmo após uma magra vitória como a de hoje... pena que questões extra-campo estejam se refletindo nos jogos, dificultando um volta por cima no campeonato e no ano, como na final de 2009 contra a Chapecoense depois de perder o primeiro jogo. O time não deveria assumir a responsabilidade da diretoria e vice-versa. Pena que nesse momento será melhor jogar o próximo jogo em Camboriú do que em Florianópolis, embora escutar o jogo pelo rádio será como armar uma bomba-relógio para o jogo seguinte, se é que me entendem.
Fiquei com uma dúvida... se a gente apoiasse o time do início ao fim do jogo, seria diferente? Talvez o Avaí tivesse perdido. Você, que já bateu uma bolinha com teu pai te xingando do lado de fora, o que acha?

O que é um meia clássico?
Alguém sabe me dizer qual é a diferença entre o que joga o Cleber Santana e o que deveria fazer um camisa dez? O fato é que o terceiro zagueiro reduz as possibilidades para a criação de qualquer time, e é o que vem saltando aos olhos com o Avaí, por causa da falta de regularidade que vem atingindo seus jogadores ofensivos, ora Capixaba, ora Nunes, ora Cléverson, ora Neilson. Talvez, por isso a maior parte dos técnicos recentes do Avaí tenha utilizado tanto Robinho, que pelo menos fazia a bola rodar mais no meio campo avaiano. Que então um dos zagueiros, Cássio ou Rafael, o que estiver em campo, jogue um pouco mais avançado, mais próximo a Bruno, no momento de criar, deixando Bruno mais "tranquilo" e Cleber Santana ser sim nosso meia de criação, com viradas de jogo e lançamentos precisos, características que marcaram até há pouco tempo nosso M10, hoje em Porto Alegre. Vamos então acabar com essa bobiça de que Cleber Santana não é meia, modinha do crônica atual... se ele não é, quem é então?!? O Talhetti? Ou será que é pecado para um meia saber marcar?

Renato Santos
Parabéns ao jogador mais regular de nosso time, que passa longe do departamento médico, que jogou em todos os jogos, sem ser substituído, e sequer tomou um único cartão amarelo. A única coisa que ele precisa melhorar é a saída de bola, porque ele é o jogador que mais dá chutões no Avaí.

Estreias
Diego e Marrone tiveram estreias discretas, com destaque, até pela "pressão" do Brusque, para Marrone, que soube chegar ao ataque, especialmente no primeiro tempo, e não deixou a desejar na marcação... prova de que nossa base pode ser a solução para alguns problemas. Talvez Patrick, fora da melhor forma, não seja a solução para a lateral direita, e Arlan precisa de uma alternativa, principalmente com mais força de marcação.

Arbitragem
Queria entrar em campo com a camisa do Brusque, mas não deu. teve uma atuação discreta no primeiro tempo, mas voltou à normalidade de nosso campeonato no segundo tempo: excesso de cartões amarelos, duas faltas inexistentes para o Brusque, impedimento mal anotado sobre Laércio, e pênalti mal marcado para o Avaí. Árbitro que dá muitos cartões é inseguro.
No lance do pênalti, Nunes puxou a camisa do zagueiro do Brusque para baixo e deixou-se cair. Depois da excelente defesa do goleiro, que foi no mesmo lado do pênalti em Ibirama, Nunes fez carga no zagueiro com o braço, em falta corretamente marcada pelo juiz.

Agradecimento
Agradeço a oportunidade de escrever de forma um pouco mais oficial sobre meu único time de coração e peço desculpas por falar "apenas" de futebol.