Eu,
você, todo mundo já percebeu que há uma falta de sincronia reinante no
Avaí quando o assunto é comando. Mais do que fruto do acaso, é a
consequência natural dos erros de Nilton Macedo e seu staff no
recrutamento e seleção dos profissionais lotados no Departamento de
Futebol, que por sua vez deixaram a desejar na formação do plantel. Esse
tema foi tratado aqui mesmo no blog no post Avaí em modo de continuidade, não deixando muitas dúvidas pairando soltas no ar.
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Arte sobre foto de Communit |
Que
o presidente não entende nada de futebol - já declarou isso abertamente
- e que Chico Lins não seja um homem de mercado, não creio haver um só
torcedor desconhecedor dessa realidade presente no Sul da Ilha. Se não
sabiam, a temporada 2014 trouxe claridade solar para o fato, com o clube
tentando se equilibrar entre a gestão do futebol, suas dívidas, os egos
inflados e as limitações técnicas do elenco. Não fosse a desapropriação
salvadora do Estado nos terrenos da Ressacada e o caos teria se
instalado no clube de maneira incontrolável. Dinheirinho santo que veio minimizar tudo o que não foi feito ao longo do ano.
Nesse vácuo de liderança é que mais uma vez apareceu Marquinhos,
o camisa 10 que além de ídolo da nação azurra, capitão do time e
maestro de uma equipe que se nega a tocar no mesmo tom, agora também tem
que fazer o papel de Gerente de Futebol. Se Chico Lins já estava numa
situação difícil ao ser largado in solo para administrar a
boleirada, o retorno de sua enfermidade só fez complicar as coisas,
visto que precisou ser menos presente no clube a fim de lutar pela
própria vida.
Mas em meio a tudo isso, Chico ainda foi honesto o suficiente para falar que alguns jogadores não estavam comprometidos
com o clube. Declaração que foi negada por Geninho, o que acabou
criando um mal estar interno e que precisou ser tratado na base de muita
conversa. Embora a situação institucional estivesse normalizada, o
mesmo não se podia dizer em relação ao time, nitidamente jogando abaixo
de suas possibilidades e revoltando o torcedor em geral.
Bocudo
que é, mas também sabedor de suas responsabilidades, após a derrota
para o América/MG, Marquinhos acusou que dois ou três estavam, digamos
assim, não tão motivados quando o restante dos atletas. Geninho novamente negou mas afastou esses,
segundo ele, por razões técnicas. Incoerentemente, não para o banco de
reservas, mas para fora do grupo dos relacionados para as partidas.
Noves fora, nas vagas ociosas deixadas por Nilton Macedo, Chico Lins e
Geninho, Marquinhos vem tendo que desdobrar para não deixar a peteca de
toda temporada cair no ralo.