Hoje eu vou à Ressacada, como sempre faço (pelo menos quando não tenho compromissos inadiáveis).
Mas não são todos os avaianos dispostos a isto. Tenho certeza de que só
quando o clube compreender este fato a Ressacada voltará a ter um
público compatível com a sua grandeza.
No Avaí, como em qualquer time do mundo, há um grupo de torcedores
incondicionais, para os quais não há variáveis que o afastem do estádio.
Os jogos do Avaí fazem parte da rotina. Mas são poucos, cerca de 1% do
total e isto não é diferente na maior parte dos clubes.
Os demais têm que ser conquistados permanentemente. É da natureza do
futebol. Ainda mais o torcedor que os clubes quiseram para si
ultimamente: com maior poder aquisitivo, maiores exigências de conforto e
qualidade.
Sentir-se traído por quem não vai é quase igual ao dono da loja que fica
bravo com os clientes que não aparecem. E não muda o produto e nem o
relacionamento com o cliente.
Vai morrer à míngua.
Para mim, o Avaí não é produto. Mas essa é uma escolha minha. Para a
grande maioria é. E não se pode condená-la por isto. É preciso
compreendê-la e trazê-la de volta.