Lembro de uma vez ter comentado que as redes sociais avaianas tinham um perfil pouco afeito aos aspectos políticos, de cidadania e direitos assemelhados. Um convite para apoiar o time num treino ou recepcionar um bando de baladeiros-bagaceiras na entrada do estádio possuia uma alta taxa de possibilidade de sucesso. A mesma expectativa não poderia ser transferida para um protesto ordeiro e bem organizado, por exemplo.
E mais uma vez essa teoria se tornou fato na noite de ontem. Eu e mais dois amigos, com uma boa dose de ceticismo, fomos acompanhar o protesto marcado para acontecer na frente da Catedral. Um público de Ressacada, cerca de 3.500 pessoas, compareceu para... assitir o cantor Daniel. Fora estes, mais quatro meninos "revoltosos" que queriam derrubar o João sem ao menos conhecerem o Estatuto do clube formavam o cenário democrático.
São mais de 10 anos acreditando que "Eu não posso". E agora não pode mesmo. A torcida acredita que o presidente atrapalha e o presidente acredita que a torcida mais incomoda que ajuda. Alguém deve estar certo. Não necessariamente ele, mas os discordantes não estavam no "show do Daniel" para provar o contrário. A ausência maciça é explicada em parte pela inconsistência do movimento. Todos sabiam que seria um fracasso, o que não justifica que o evento sequer acontecesse.
Hoje clube e torcida se completam à perfeição: desorganizados, frios, inaptos para o relacionamento e frustrados no futebol. Ambos estão anestesiados. Quem quiser encontrar traços de profissionalismo administrativo e maturidade do torcedor, busque no mundo virtual.
E mais uma vez essa teoria se tornou fato na noite de ontem. Eu e mais dois amigos, com uma boa dose de ceticismo, fomos acompanhar o protesto marcado para acontecer na frente da Catedral. Um público de Ressacada, cerca de 3.500 pessoas, compareceu para... assitir o cantor Daniel. Fora estes, mais quatro meninos "revoltosos" que queriam derrubar o João sem ao menos conhecerem o Estatuto do clube formavam o cenário democrático.
São mais de 10 anos acreditando que "Eu não posso". E agora não pode mesmo. A torcida acredita que o presidente atrapalha e o presidente acredita que a torcida mais incomoda que ajuda. Alguém deve estar certo. Não necessariamente ele, mas os discordantes não estavam no "show do Daniel" para provar o contrário. A ausência maciça é explicada em parte pela inconsistência do movimento. Todos sabiam que seria um fracasso, o que não justifica que o evento sequer acontecesse.
Hoje clube e torcida se completam à perfeição: desorganizados, frios, inaptos para o relacionamento e frustrados no futebol. Ambos estão anestesiados. Quem quiser encontrar traços de profissionalismo administrativo e maturidade do torcedor, busque no mundo virtual.
