Vale uma reflexão sobre torcida. Se o setor do Palmeiras estava cheio, e cabem quase dois mil ali, e o público da Ressacada foi de 8,3 mil dá para deduzir que os avaianos presentes estiveram na faixa dos 6 mil.
Bom, se 5 mil ingressos foram disponibilizados a R$ 20, para tentar um clima de pressão, então não funcionou. Em tese, se funcionasse o chamamento, seriam os tradicionais 4 a 5 mil sócios que sempre vão, mais uns 4 mil avaianos da promoção, teríamos uns 9 mil avaianos, mais os palmeirenses e se chegaria ao número de quase 11 mil torcedores.
Como o jogo era importante, não chovia, não fazia frio e havia promoção, só resta concluir que a torcida cansou. Deu o recado que não vai mais abraçar o time.
O que é um dado mais preocupante do que a própria situação na tabela. Cair de pé, com a torcida ao lado, sofrendo, brigando junto ao time, muitas vezes reforça a unidade e até faz a equipe vir mais forte no outro ano. E, em alguns casos, ajuda a salvar o time de situações complicadíssimas.
Sem o torcedor, aí começa a parecer aqueles times que tanto faz tanto tanto fez cair, lembra um Brasiliense, Gama, Barueri, América-MG, Atlético-GO, que ninguém liga onde e como está.
Pode ver que não há manifestação, indignação etc. Nem as redes sociais, excetuando alguns aqui e ali, exercem mais pressão. Há um consenso de que a vaca foi para o brejo.
E a matemática ali, à disposição para ser modificada para o bem. E o campeonato ali, nivelado por baixo, dando brechas e mais brechas para quem esta mal melhorar.
Mas, no caso do Avaí, há uma prostração, um discurso que não motiva ninguém. E o torcedor, jogou a toalha.
Texto Blog do Castiel
