terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O Campeonato das parcerias

No futebol a parceria vem sendo utilizada de forma mais regular nos últimos anos. A forma de aliança varia de caso para caso. No entanto, basicamente é realizada da seguinte maneira: os investidores injetam dinheiro nos cofres do clube, que geralmente encontra-se em situação financeira deficitária. Alguns investidores possuem seus próprios jogadores e/ou contratam novos. O clube, por sua vez, dá em troca sua marca, seu prestígio, sua torcida, seus recursos físicos e humanos.
Para os investidores o clube de futebol serve como uma vitrine para expor seus jogadores e comercializá-los. Para o clube, quase sempre endividado, é uma solução para amenizar ou liquidar suas dívidas, além de formar um elenco de qualidade.
Na teoria tudo parece perfeito, de um lado o clube, que disputa campeonatos importantes com jogos televisionados somados à torcedores fanáticos e de outro uma empresa que tem o recurso que o clube carece, o financeiro. Ou seja, um completa o outro. Sendo assim, os resultados são sempre satisfatórios? Nem sempre.
A parceria pode ser muito boa numa situação emergencial. Injetar dinheiro na contratação de jogadores ou no pagamento da dívida, pode surtir efeito a curto prazo. A grande preocupação do clube de futebol deve ser com a gestão, esta sim, trará resultados sólidos.
O maior exemplo de sucesso do futebol brasileiro, foi o caso da Parmalat com o Palmeiras. Na ocasião foi implantado o modelo de co-gestão, ou seja, o investidor (Parmalat) participava da gestão do clube. Na oportunidade formou-se uma equipe de profissionais gabaritados para atuarem em parceria com a gestão do clube, que somou-se ao investimento financeiro e aos jogadores contratados, obtendo-se um resultado altamente satisfatório para ambas as partes.
Em contrapartida, o caso mais recente de fracasso foi o da MSI com o Corinthians que apesar dos resultados que conquistou dentro de campo no primeiro ano. Hoje, se encontra em pleno declínio, sendo que a falta de uma organização profissional somado a pouca transparência do contrato da parceria e os interesses pessoais de algumas pessoas envolvidas foram alguns elementos responsáveis pelo fracasso.

Por: Bruno Sartori
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2 comentários:

  1. Hoje a LA é peça fundamental no Avaí, ótimo texto do Sartori.

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  2. Parabéns pelo texto Sartori.
    Abraços,

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