segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O Corvo e a Raposa

Estava o Mestre Corvo pousado numa árvore, segurando pelo bico um belo e cheiroso pedaço de queijo. Apreciava a paisagem, quando eis que de repente aproxima-se a Raposa, atraída pelo cheiro do queijo. Entusiasmada pela cena, e pelo naco no bico do amigo, diz-lhe com sua fala mansa:
- Olá, bom dia tenha o Senhor, Mestre Corvo. És realmente uma beleza alada.
O Mestre Corvo olha de soslaio.
- Fora de brincadeira! Se o teu canto tiver a beleza de tuas plumas, deves ser o rei da bicharada.
Ouvindo tais palavras, de tão feliz ficou, Mestre Corvo quis mostrar a sua voz. Ele abre o bico e o queijo voa pelo ar, indo em direção à Raposa, que o agarra e diz:
- Senhor Corvo, aprenda que o vaidoso se rebaixa a quem o resolve bajular. Esta lição vale um queijo, não acha?
Mestre Corvo, vendo o queijo fugir, jurou nunca mais cair em seu próprio envaidecimento.
Esta fábula consiste em mostrar como a vaidade nos faz aceitar a bajulação que apenas pretende nos explorar.
Qualquer semelhança com Silas, Marquinhos, Diretoria avaiana e mídia da Capital é meríssima coincidência.

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